terça-feira, 16 de junho de 2009

O cultivo do Brócolis

Plantio

A transplantação das mudas de brócolis, do canteiro da semeadura para o local definitivo, é realizada a mão. Existem máquinas equipadas com injetores que aplicam pequena quantidade de água em cada planta.

O espaçamento, entre as fileiras de plantas, varia de 0,70 a 1,20 m e a distância das plantas, na fileira, apresenta variação de 0,40 a 0,80 m. de acôrdo com o tamanho que atinge a variedade ou linhagem.

Para os brócolos “Ramoso” e “Cabeça-Jundiaí” o espaçamento é de 1,00m por 0,50 m.

As mudas, ao serem transplantadas, devem ter 6-7 fôlhas definitivas, o que se dá 30 a 36 dias após a semeadura para as variedades de brócolos “cabeça-Jundiaí” e “Ramoso”. As mudas precisam ser retiradas do canteiro, com o máximo de terra aderida às raízes, para se conseguir isso, irriga-se o canteriro antes de arrancá-las. A fim de tornar a muda resistente à saca e melhorar a porcentagem de pegamento, convém não irrigar o canteiro definitivo dois dias antes do transplante.

Clima do Solo

A couve-flor é menos resistente ao frio do que o repôlho e somente deve ser plantada quando não haja perigo de geadas. Os períodos de frios intensos, logo após o plantio, paralisam o crescimento da couve-flor e conduzem à prematura formação de “cabeças”, que se tornam pequenas, sem valor comercial. Os brócolos, embora mais resistentes a esses maus efeitos do frio, são também afetados.

Muitas sementes de couve-flor e brócolo são perdidas, na época de calor, ou seja, de novembro a fevereiro, em virtude da forte insolação. O sol aquece a superfície da terra, de tal modo que afeta a regido do colo das plantas tenras e elas caem e morrem, ou resistem, mas ficam raquíticas. Para evitar que isso aconteça, é preciso proteger, contra o sol, as mudas recém-nascidas do canteiro de semeadura, adotando os mais variados materiais, preferivelmente um ripado feito de bambu, colocado à altura de trinta centímetros do solo, aproximadamente. Essa cobertura deverá ser feita de forma que os bambus fiquem em posição norte-sul, ou seja, contrária ao movimento do sol. O espaço entre eles deve ser de 2 a 3 cm na primeira semana, passando, na semana seguinte, a 5-6 cm de espaço entre eles.

Quando a cobertura do canteiro é de pano ou sapé, que veda quase totalmente a passagem dos raios solares, deve ser usada somente nas horas de sol forte, o das 10 às 16 horas, na primeira semana, e das 12 às 16 horas na segunda. Daí

Com o fito de evitar a morte das mudas no canteiro de semeadura, devida a fungos ou outros fatores controláveis, é aconselhável:

a) desinfetar as sementes com produtos comerciais secos na base de 1 kg de desinfetante para 100 kg de sementes.

b) fazer o canteiro de semeadura em locais bem drenados e altos, na época de chuva, a fim de impedir excesso de umidade.

c) protegêr os canteiros no verão, contra encharcamento e sol forte, até as plantas adquirirem duas fôlhas definitivas.

Tratos Culturais

A irrigação de brócolos e couve-flor pode ser feita por aspersão ou por infiltração. O primeiro sistema pode ser usado em qualquer tipo de solo. O tipo de infiltração, pelo qual a água circula lentamente entre as linhas, que tem muito pequena inclinação, não se recomenda para solos muito permeáveis, como os arenosos e o salmourão, porque grande quantidade de água se perde ao circular entre as fileiras da planta. A irrigução por infiltração também não pode ser empregada quando o solo, entre as plantas, é coberto com capim ou outros restos vegetais.

Pragas e Moléstias

As pragas comuns são:

a) “curuquerê” ou lagarta-da-couve, que ataca as folhas nos meses mais quentes.
b) Pulgão ou afídio, principalmente nos meses de pouca chuva (junho a setembro).
c) “lagartas-verdes” furadoras das fõlhas e “lagartinbas-verdes” que se alimentam dos brotos das mudas, inutilizando-as.
d) Lagarta-rosca nas sementeiras e plantas novas no campo.
e) “trips”, ocorrendo o ano todo, sobretudo na época quente.
f) nematóides nas raízes.

As moléstias mais comuns são: podridão mole, mosaico e fusariose.

Colheta e Embalagem


Os brócolos devem ser colhidos antes que as flores da “cabeça” e dos brotos se abram e mostrem suas pétalas amarelas. Quando isso acontece, o tecido exterior da haste floral torna-se endurecido, o que desvaloriza o produto.

Quando as cabeças atingem o ponto de colheita, são cortadas com uma haste de 15 a 25cm de comprimento, sem prejudicar a brotação inferior da planta. As cabeças cortadas quando pequenas e as brotaçães que nascem nas axilas das fõlhas, devem ser reunidas em maços. As cabeças grandes ficam isoladas.

A embalagem é feita em caixas semelhantes aquelas usadas para tomate, mas há necessidade de ventilação se o transporte é feito a maiores distâncias. Nesse caso, deixar aberturas laterais na caixa.


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